Como nós respondemos as pessoas em momentos críticos em suas vidas podem ter uma influência significativa sobre a sua capacidade para responder e gerenciar o que está acontecendo com usuários, como eles se prepararam para seu futuro e sua recuperação.
Durante a apresentação iremos discutir os princípios fundamentais de uma equipe de crise.
O objetivo do Serviço Equipe de crise é ofertar um trabalho flexível, competente e proativo, operando no domicílio.
O cuidado está ligado diretamente as questões: familiares, infraestrutura do domicílio e à oferta de diversas intervenções.
2) Peer Support:
O suporte interpares é uma abordagem inovadora que vem sendo, crescentemente, incorporada aos sistemas e políticas públicas de saúde mental, embora ainda pouco implementada e investigada no contexto brasileiro.
Baseia-se na crença de que pessoas com problemas de saúde mental, que passaram por situações crise ou adoecimento e conseguiram superá-las em sua jornada de recuperação, podem estabelecer uma relação de ajuda, respeito mútuo e suporte social com outras pessoas que estejam passando por situações similares.
3) Manejo à crise na adolescência:
Como se sabe, a transição da vida adolescente para a vida adulta pode representar mudanças extremamente difíceis e repletas de enfrentamentos psicológicos e sociais no que concerne a realidade de um jovem.
A saída dos ambientes seguros de outrora, o aumento das expectativas diante de novas realidades, o rompimento de relacionamentos antigos e o próprio processo de autoconhecimento e descoberta, muitas vezes levam estes jovens a entrarem em estados de angústia, medo e intensa ansiedade, aos quais eles dificilmente estariam preparados.
Uma das consequências dessas mudanças, aliada a uma possível falta de apoio na vida desses indivíduos, é o desenvolvimento de condições psicológicas críticas, que em casos extremos, acabam levando á depressão nas universidades, e até mesmo, ao suicídio.
Nesse sentido, a mesa tem como objetivo discutir a saúde mental do jovem adolescente, suas nuances e formas de ajuda-los, dadas as alterações naturais e intensas dessa fase.
4) A Saúde Mental e subjetividade: alternativas a patologização
A articulação entre saúde mental e subjetividade como via para gerar alternativas teórico-práticas à patologização e ao tecnicismo.
A proposta se remete aos desafios da reforma psiquiátrica brasileira, com ênfase nos processos de institucionalização presentes nos serviços substitutivos de saúde mental, bem como em possíveis alternativas voltadas para o desenvolvimento subjetivo das pessoas e instituições envolvidas nesse campo.
5) Sentimentos suicidas na contemporaneidade:
Sentimentos suicidas são cercados por medo e incompreensão. As comunidades são frequentemente julgadoras e encorajadas a relatar sentimentos suicidas aos profissionais de saúde mental, enquanto o padrão de cuidados em saúde comportamental enfatiza a avaliação rápida de risco e a intervenção médica.
Essa abordagem profissionalizada realmente apoia as pessoas e previne o suicídio? Ou às vezes pode piorar as coisas? Quais são as novas maneiras de reagir e viver com sentimentos suicidas? Como pode a necessidade de prevenir o suicídio também abraçar uma perspectiva de direitos humanos?
Embora tenha a intenção de ajudar, a hospitalização forçada pode acabar causando mais danos. Muitas pessoas com medo de tratamentos forçados aprendem a esconder seus sentimentos suicidas.
6) A Economia Solidária protagonizando o espaço em saúde mental:
A economia solidária, na relação com o trabalho, constitui-se como estratégia de inclusão social, como uma nova forma de produzir, trocar e comprar.
A interface saúde mental e economia solidária se constitui no contexto da reforma psiquiátrica, a partir dos anos 2000 e está pautada pelos princípios da cooperação, sustentabilidade, solidariedade, autogestão e sustentação econômica. As experiências produzem projetos singulares e contribuem para a contratualidade.