Como nós respondemos as pessoas em momentos críticos em suas vidas podem ter uma influência significativa sobre a sua capacidade para responder e gerenciar o que está acontecendo com usuários, como eles se prepararam para seu futuro e sua recuperação.
Durante a apresentação iremos discutir os princípios fundamentais de uma equipe de crise.
O objetivo do Serviço Equipe de crise é ofertar um trabalho flexível, competente e proativo, operando no domicílio.
O cuidado está ligado diretamente as questões: familiares, infraestrutura do domicílio e à oferta de diversas intervenções.
2) Recovery e Whole Life:
A concepção de reabilitação psicossocial sustenta a prática de grande parte dos profissionais de saúde mental no Brasil e no mundo
O advento da noção de recovery parece colocar em perspectiva e abrir novos horizontes em torno da reabilitação psicossocial.
O movimento de recovery teve início na década de 80 do século XX, a partir do movimento de usuários de serviços de saúde mental.
Chamava a atenção de gestores e profissionais para a importância de reconhecer a experiência e conhecimento dos usuários de serviços e de seus cuidadores para o planejamento e desenvolvimento de ações.
O recovery seria um processo concreto e prático, em que indivíduos que necessitam de cuidados em saúde mental ganham e mantém melhor controle sobre suas vidas.
Apesar do processo de recovery ser individual, considera-se que as políticas, serviços e práticas podem favorecê-lo, construindo um ambiente que suporte o recovery.
Estas práticas estariam voltadas à promoção da esperança, autonomia e autodeterminação, visando construir parcerias colaborativas entre profissionais e usuários e reconhecendo a importância das redes de apoio e dos outros significativos, aproximando-os do tratamento.
Serviços que se orientam por este paradigma incentivam a reflexividade profissional e o feedback dos usuários, buscando autoavaliação constante.
É compreendido como o processo de restaurar um sentido significativo de pertencimento à comunidade e senso positivo de identidade, reconstruindo a vida, apesar ou mesmo com as limitações impostas pela condição.
Por outro lado, o paradigma do recovery considera que o usuário deve ser ouvido em suas singularidades e que participe ativamente da construção do projeto terapêutico.
Em saúde mental, o paradigma do recovery dá centralidade à qualidade de vida do indivíduo, para além de seus sintomas e diagnóstico. As práticas orientadas ao recovery visam auxiliar o usuário de serviços a construir e manter uma vida significativa e satisfatória.
3) Musicoterapia:
A musicoterapia é uma forma de tratamento que utiliza a música, ou seus elementos, para ajudar no tratamento de problemas, tanto de ordem física quanto de ordem emocional ou mental.
O uso da música como complementação em saúde mental, facilita a relação com o cliente/paciente proporcionando o início da interação com o mesmo. A música promove sensação de bem-estar, atuando no cliente como um ato eficiente e protetor, fornecendo uma sensação de paz, e aceitação.
4) A Saúde Mental e subjetividade: alternativas a patologização:
A articulação entre saúde mental e subjetividade como via para gerar alternativas teórico-práticas à patologização e ao tecnicismo.
A proposta se remete aos desafios da reforma psiquiátrica brasileira, com ênfase nos processos de institucionalização presentes nos serviços substitutivos de saúde mental, bem como em possíveis alternativas voltadas para o desenvolvimento subjetivo das pessoas e instituições envolvidas nesse campo.
5) Peer Support:
O suporte interpares é uma abordagem inovadora que vem sendo, crescentemente, incorporada aos sistemas e políticas públicas de saúde mental, embora ainda pouco implementada e investigada no contexto brasileiro.
Baseia-se na crença de que pessoas com problemas de saúde mental, que passaram por situações crise ou adoecimento e conseguiram superá-las em sua jornada de recuperação, podem estabelecer uma relação de ajuda, respeito mútuo e suporte social com outras pessoas que estejam passando por situações similares.